Casa de Vó: Quando o teatro vira quintal

Foto: Divulgação Às vezes, tudo o que precisamos é de uma boa desculpa para nos reunir e brincar. Aqui, o teatro foi essa boa desculpa. Em Casa de Vó , do Coletivo Corpo Aberto, a peça se vale exatamente disso: não da imposição de uma narrativa, mas da criação de um espaço-tempo em que memória e imaginação caminham de mãos dadas, de pés descalços, entre folhas, lembranças e perguntas. O espetáculo começa antes do início formal. A maneira como o público é recebido já aponta para o que virá: uma espécie de visita, onde pessoas adultas e crianças são acolhidas como quem chega a uma casa querida. E não por acaso: a peça parte da história de netas que, diante da morte da avó e da ameaça de uma construtora de demolir a casa da família, decidem resistir e proteger suas lembranças. Para isso, sobem na antiga casa da árvore do quintal e, ali, começam a reviver memórias, completar o livro de folhas que a avó deixou inacabado e imaginar formas de preservar não só a casa, mas tudo o qu...