A Arte do Dedo Podre

Qualquer tema pode virar peça. Mas nem toda peça consegue transformar um tema aparentemente banal em algo que dialogue intensamente com o público. a peça Dedo Podre começa com uma premissa que pode parecer trivial, mas rapidamente revela camadas de ironia e ambiguidade que capturam nossa atenção. Logo no início, me vi recuada na cadeira, tentando escapar do que parecia ser uma experiência interativa. Era como se a peça pudesse cutucar memórias que eu não queria revisitar. No entanto, a experiência se mostrou surpreendentemente leve e divertida, com momentos que equilibravam risos e reflexões. Assim, o solo de Luciana Ramin dialoga com experiências cotidianas e, ao mesmo tempo, questiona estruturas sociais mais amplas. Por ser um tema muito pessoal, que as pessoas evitam se associar de imediato, o tom leve e engraçado com que a atriz tratou as questões fez com que ficássemos mais à vontade. O uso de humor foi fundamental para desarmar uma p...