Esboço de um delírio: Hilda, o corpo e a linguagem em movimento
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Inspirado na obra de Hilda Hilst, o espetáculo Esboço mergulha na densidade de uma escrita que tensiona os limites entre o delírio, o desejo e a própria construção da linguagem. Idealizado e performado pelo ator e psicanalista Rafael Costa, com direção de Donizete Mazonas, o monólogo parte de fragmentos de textos da autora para construir uma narrativa que se dobra sobre si mesma, uma espécie de espiral, onde pensamento, palavra e corpo se retroalimentam. Foto: Keiny Andrade No centro da cena, uma esteira em constante movimento. Sobre ela, o ator caminha durante toda a peça, desde antes da entrada do público até o fim. Esse caminhar sem destino evoca tanto a errância da linguagem quanto os fluxos internos que atravessam a obra de Hilda. O corpo não é estático; ele se curva, se abaixa, busca outras alturas, resiste à repetição. A esteira, enquanto dispositivo cênico, se torna metáfora da própria experiência de existir, um deslocamento contín...